Rotina com bebês gêmeos: mães contam seu dia-a-dia e dão dicas

Rotina com bebês gêmeos: elas contam como é! Vem conhecer o dia-a-dia de Rosângela Jacquin, Rafaela Pinho e Simone Galvão

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Rotina é importante até para crianças maiores e adultos, imagine então para bebês.

No caso dos gêmeos, organizar a rotina em casa desde os primeiros dias é fundamental para seguir bem em todos os primeiros anos.

Hoje a Me Two em parceria com a Alô Bebê traz os depoimentos de três mães famosas do Instagram que têm bebês gêmeos e ritmos de vida bem intensos, mas mesmo assim fazem o possível para deixar a vida dos filhos organizada e com a previsibilidade que a família merece. Conheça como é o dia-a-dia de Rosângela Jacquin, da cantora Rafaela Pinho e de Simone Galvão, mãe dos pitocos @gemeosgalvao e da youtuber adolescente Yasmin Galvão.
A Vanessa Rocha, coidealizadora da Me Two, mãe dos gêmeos Isabela e Gabriel, de 6 anos, é a nossa expert em rotina e dá todas as dicas práticas aqui neste link da Me Two. Ela organizou a vida dos bebês em casa conforme a filosofia da Encantadora de Bebês, que prega a rotina “EASY” (Eat, Activity, Sleep, You), ou seja: os gêmeos comem (Eat), fazem uma atividade (Activity) e dormem (Sleep), enquanto isso você tem tempo para você (You).

Rosângela Jacquin, o chef Erik Jacquin e os bebês Elise e Antoine – foto: @thamilou

“Ainda estou no processo de acertar o que funciona ou não”

Rosângela Jacquin (@rosangelajacquin), mãe de Elise e Antoine, oito meses
“Tento fazer com que eles tenham uma rotina mais estrutura, pois eu mesma sou sem rotina, mas estou tentando melhorar. A hora de brincar e a hora de dormir à noite são as que mais seguimos. Minha maior dificuldade é que cada bebê tem uma personalidade e age de uma forma, tipo como um acordar mais cedo e outro mais tarde… O mais complicado é sintonizar os dois, cada um em seu tempo, em seu momento. Ainda estou no processo de acertar o que funciona ou não, cada dia vou aprendendo uma coisa diferente. De manhã tento acordá-los na mesma hora, a não ser que um tenha ido dormir bem mais tarde. A rotina da noite eu começo às 21h, com uma mamada, depois vão dormir logo depois e às vezes acordam duas da manhã para outra mamada ou então seguem a noite inteira até 7h da manhã. Troco as fraldas, brinco com eles, depois eles tiram uma soneca. E aí vou fazer a papinha deles. Quando acordam, dou banho e aí depois almoçam. De tarde é mais livre: brincamos, vamos no parquinho, assim vai o dia todo até recomeçar. Elise é mais calma, segue melhor a rotina de sono, Antoine a das mamadas. Ela às vezes não quer comer na hora determinada. Antoine lembra mais o pai, está sempre ligado observando tudo o tempo todo, quer ir pro chão e briga contra o sono, não quer dormir. Enfrento diariamente até hoje e tento lidar da melhor forma possível. Mas aí quando dorme, não acorda a noite toda. Aplicar a mesma rotina para ambos é o grande desafio justamente por estas particularidades. Minha dica para as mães é ter muita paciência porque vai melhorando conforme o passar do tempo, vamos aprendendo com eles e eles aprendem com a gente, entrando em harmonia, tudo no seu próprio ritmo!”

Rafaela com os gêmeos Bernardo e Luísa

“São bebês felizes e seguros, que sabem o que vem a seguir”

Rafaela Pinho (@rafaela_pinho), cantora, mãe do Bernardo e da Luísa, 4 meses
Rotina é bom até para adulto, imagina para os bebês. Ele sabe o que vai esperar, o momento de dormir, de mamar… Meus bebês são extremamente calmos, acho que tem a ver com essa rotina. Quando se aproxima da hora de dormir, o corpo deles já começa a demonstrar: coçam o olho, sinais de sono… Não se consegue forçar um bebê a dormir! Para ajustar o relógio biológico deles e a família organizar a própria vida. Para quem tem gêmeos, a maior dificuldade é que são dois e cada um tem suas características. Os meus são bem diferentes um do outro, mas ambos aprenderam a rotina. Ficaram 10 dias na UTI, segui com a rotina prontinha. Chegaram em casa com horário certo para mamar, de três em três horas. Mas nem sempre eles queriam, então com orientação do pediatra ampliamos para de 4 em 4 horas. Conforme foram crescendo, eu fui observando: eu li o livro Nana Nenê e me baseei nas tabelas, com os tempos que ele suporta ficar acordado e o número de sonecas. E fui adaptando! Eles têm as mesmas necessidades fisiológicas, que não mudam. O corpinho deles tem a capacidade de aprender, apesar das diferenças de personalidade. Meus bebês são felizes e seguros, que sabem o que vem a seguir, sabem que não vão passar fome, ficar sem dormir… Não são bebês que choram inseguros, sabem que vai chegar o horário. Dormem de 10 a 12 horas por noite e sei que se eles pudessem falar, me agradeceriam. Acordam em uma grande alegria! Muita gente já veio me falar que acha que é mais fácil ter rotina só porque dou fórmula infantil, e não peito (tive uma cirurgia no seio e não consegui amamentar), mas não é bem assim. Desde o primeiro dia, estruturei do jeito que queria manter e fui abençoada porque nada deu errado desde então. Cada pessoa tem seu estilo de criar os filhos, uns deixam o bebê dominar, eu fiz a opção da rotina. Dava o mamá e colocava no berço, ainda sonolentos. Nunca deixei meus bebês chorando. Minhas dicas para mães de primeira viagem é utilizar o ruído branco na hora de dormir, salva muito a vida! E tente se acalmar e não se irritar com as pessoas em volta falando que é trabalho em dobro com gêmeos. Não vejo assim! Depende muito da personalidade e da participação da família. Falo do seu núcleo mesmo, a mulher e o marido. É sempre bom ter ajuda ou uma rede de apoio, mas se Deus deu dois filhos, ele vai te dar um auxílio pra você conseguir cuidar deles.”

“A maior loucura é tentar conciliar as necessidades dos bebês com as da filha mais velha”

Simone Galvão, professora no Rio de Janeiro, mãe dos @gemeosgalvao (Eric e Elena, de 8 meses) e da Yasmin, 13 anos

“A maior dificuldade é conciliar tudo, pois apesar de serem gêmeos, são duas personalidades bem diferentes. Às vezes o que funciona com um não funciona com o outro! E não adianta insistir em querer do nosso jeito e se frustrar, pois isso desgastar os pais e desgasta os babies. A gente tenta fazer uma rotina mais certinha, mas nem sempre é possível. Os dois são muito apegados ao peito, mamaram exclusivamente até quase 7 meses, pois nasceram prematuros. Tentamos fazer a introdução alimentar na idade corrigida, conforme orientação do pediatra. Eles dormiam a noite inteira, mas o G1 acordava sempre uma vez para mamar, às seis da manhã. Hoje em dia, meus filhos não dormem muito cedo. Levamos para o quarto às 23h e eles dormem quase até 11h da manhã do dia seguinte. Às vezes acordam um pouco antes, troco a fralda, dou peito e eles voltam a dormir mais um pouco. O almoço é por volta de 12h30min, com papinha. Por volta de 13h30min, quase 14h, tiram um cochilo de 30 ou 40 min. Às 16h, hora da frutinha e mamam de novo. Jantam por volta das 19h. Depois, dou o banho para ficarem confortáveis, de pijama. Colocamos tapetinho no chão para ficarem brincando e depois hora de ir para o berço. De uns dias para cá estão acordando muito na madrugada, acredito que seja algum pico salto de desenvolvimento. Estou acompanhando de perto. A loucura maior é tentar conciliar as necessidades deles com as da nossa filha mais velha, de 13 anos. Ela me ajuda muito com os gêmeos, mas tem os compromissos dela, como escola, inglês, gravações, pois a Yasmin é digital influencer. A maioria de nossos passeios em família é no shopping (que procuro ir à tarde e durante a semana, evito ao máximo fim de semana por estar sempre muito cheio). Quando não está chovendo vamos juntos à feira aos domingos pela manhã, para comprar frutas e legumes da semana.”

Camila Saccomori
Camila Saccomori
Jornalista de Porto Alegre e mãe da Pietra, nascida em 2011. Desde a gravidez, passou a produzir conteúdos femininos e voltados a famílias em vídeo, foto e texto. Trabalhou por 20 anos no Grupo RBS e hoje faz conteúdos para a Me Two e projetos de maternidade pelo seu novo "filho", o canal @VamosCriar.

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