“Ultimamente é assim que tenho passado a grande parte do tempo: amamentando. Nem acredito que já faz quase 3 meses que tenho alimentado minhas tri exclusivamente com meu leite materno”, escreveu a modelo sul-mato-grossense Kérelin Mamedes Stumpf Nantes, de 31 anos. Ela teve uma gestação de alto risco e ganhou as trigêmeas univitelinas nos Estados Unidos após 33 semanas de gestação. São as pequenas ABC: Alana, Brenda e Claire. Kérelin conta sua rotina no instagram @vireimommy.
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A Me Two conversou com Kérelin entre uma mamada e outra pelo telefone. A modelo, que é mãe também de Evie (1 ano e 7 meses), já tinha a experiência da amamentação por conta da primogênita, mas que o fato de estar à espera de mais de 1 bebê também a deixava com dúvidas. “Eu achava que daria um pouquinho de leite meu para cada uma e teria que complementar. Mas sempre pensei positivo“, contou.
A seguir, confira mais dicas da mãe das tri e depois veja as orientações da psicóloga e consultora em amamentação Daniela Scheibe, de Porto Alegre, sobre o assunto!
“Eu tinha um desejo forte no meu coração de que ia produzir bastante leite para elas. Pelo fato de saber que faria cesariana, eu tinha medo de que o meu organismo não soubesse que as meninas nasceram. Durante toda a gestação, meu peito não mudou, nem de tamanho e nem inchou, então fiquei meio apreensiva. Muitas pessoas me indicaram tomar banho de sol ou passar esponja mineral nos seios no banho, mas não fiz nada disso. Gostava de pensar positivo e não ficar muito preocupada com o assunto, pois assim é que o leite realmente não iria descer”, conta Kérelin.
“Assim que elas nasceram eu comecei a tirar leite. Como elas estavam na U.T.I., não pude dar de mamar logo em seguida, mas no primeiro dia já fui orientada a estimular a produção. Primeiro era de duas em duas horas e lembro que foi muito frustrante porque era sofrido. De 15 a 20 minutos tirando e não saía nada. Nestes primeiros 3 dias, eu não colocava nem copinho embaixo da bombinha porque não saía 1 única gota. Depois, 1x por dia, começou a sair o colostro e saía uma colher de chá. Eu não desisti. Botava o despertador e acordava até de madrugada. O segredo é a constância. No terceiro dia meu peito inchou muito e aí deu certo, mesmo sem as meninas terem mamado. O organismo da gente entende e sabe!”
“A principal dificuldade hoje em dia é falta de sono (minha). O tempo todo estou cuidando de alguma delas, amamentando ou comendo, pois tenho uma fome absurda. Levo a bombinha para tudo quanto é lugar, pois se não tiro leite a cada três horas fico inchada e chega a doer. Sei que em algum momento vou ter que dar fórmula, não sei até quando meu corpo irá produzir leite para as 3, mas por enquanto está sendo exclusivo e produzo mais do que elas estão consumindo. Ao todo elas têm 8 mamadas por dia. No intervalo de cada amamentação, eu tiro leite, passo meia hora tirando. E então sempre uma delas toma na mamadeira, vamos revezando com o peito. Às vezes elas têm um pouco de preguiça no peito, pois cansam bem mais por causa da sucção.”
“Fico com duas no peito simultaneamente e uma delas na mamadeira com o meu leite. Se durante o dia alguma delas resmungar de fome, dou peito também, em livre demanda. Se uma está mamando, as 3 estão. Se uma acorda na madrugada, as outras também vão mamar. Facilita a vida para manter os intervalos de três em três horas. Estou ciente de que em algum momento vou ter que complementar, nem que seja em algumas mamadas durante o dia, pois elas estão aumentando o consumo e eu não consigo congelar mais para armazenar. São 320ml que produzo por cada mamada, às vezes mais ou menos. Recomendo ainda ter sempre uma boa almofada, pelo bem da sua coluna e do conforto. Com uma posição ruim, você ficar impaciente e vai tirar os bebês antes de terem terminado.”
“Eu me preparei comendo muito bem, comendo saudável. E hoje em dia ainda bem que existem várias opções para aumentar a produção de leite que vão muito além de chás. Eu achei ótimo, já que não sou muito fã de chá. Tomo vários produtos que existem aqui nos Estados Unidos para ajudar na produção de leite. Desde achocolatados para lactantes até cookies que são feitos com um fermento especial que ajuda na produção. Mas o mais importante é tomar muita água, o tempo todo.”
A construção do vínculo materno ocorre muito antes de os bebês nascerem. É na barriga que se inicia esse contato que irá se consolidar na hora do nascimento. E então a amamentação é uma das formas de continuar a construção do vínculo. Seja no peito com o leite da mãe ou com o uso de fórmulas (para mães de gêmeos e múltiplos ou mães com dificuldade de amamentar), o importante é que os bebês sejam nutridos física e energicamente junto ao corpo da mãe (barriga com barriga, olho no no olho).
“Sabemos que as mães de gêmeos e múltiplos às vezes não dão conta de dar somente o seu leite pela grande demanda dos bebês e não tem problema necessitar de complementação com fórmulas. O que conta é realmente poder acolher seus bebês neste importante momento”, explica a psicóloga Daniela Scheibe (contato 51 9820-8067). Nada de se culpar, portanto!
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2 Comments
Meus gêmeos tem 1 mes estou amamentando exclusivamente com leite materno .e as dicas aqui são preciosidade total.
Obrigada pelo teu retorno, Tati!Sabemos que essa fase requer muita dedicação e irmos além do nosso limite. Parabéns por estar aqui e buscar sempre o melhor para os teus gêmeos!