Hoje trazemos todas estas informações a partir das experiências da escola de ensino bilíngue Achieve Petrópolis, em Porto Alegre, onde nossos gêmeos (as duplas da Thais, Vanessa e Elisa) começam a estudar em março.
Antes de esclarecer as principais dúvidas, vamos explicar o que é o ensino bilíngue! Diferentemente de escolas de inglês que tem duas aulas por semana de até 1h ou 1h30min, o ensino bilíngue se caracteriza por dois aspectos: a carga horária mais extensa e o aprendizado de outros conteúdos em inglês. Ou seja, na Achieve Petrópolis, por exemplo, são 6h por semana (em dois dias de aula – por exemplo, segunda e quarta ou terça e quinta) e também o conteúdo pedagógico sendo apresentado por meio de aulas de ciência, artes e mais disciplinas, conforme a faixa etária. Assim, o currículo bilíngue não está ensinando “o” inglês, e sim conteúdos também “EM” inglês. É praticamente uma imersão! E as aulas são para crianças a partir de 3 anos até adolescentes.
Existem várias pesquisas favoráveis ao ensino de inglês desde cedo (ou de outras línguas). A principal fonte de embasamento é que crianças pequenas têm o que a ciência chama de plasticidade cerebral. Na Primeira Infância, dos zero aos 6 anos, vários aprendizados ocorrem e serão levados para a vida inteira.
No caso do aprendizado de outras línguas além da materna, eis o que você deve prestar atenção. A maior pesquisa já realizada sobre o assunto (com três universidades de Boston e dados de meio milhão de pessoas!) comprovou que a capacidade de aprender uma nova língua (gramaticalmente) é mais forte até os 18 anos de idade. Porém, para que a pessoa seja fluente, o aprendizado deve começar antes dos 10 anos.
Por que é mais difícil aprender após os 18? Porque a chegada da vida adulta dá uma “bagunçada” no cérebro e na rotina, com novas responsabilidades, busca de um trabalho, curso novo na faculdade, fim dos estudos do colégio…
Uma das principais pesquisadores do tema, como as janelas de aprendizagem, é a americana Patricia Kuhl, co-diretora do Instituto de Aprendizagem e Ciências do Cérebro da Universidade de Washington. Ela investiga quais são os anos mais propícios para o desenvolvimento da linguagem, em decorrência da neuroplasticidade presente nos primeiros anos de vida. No Brasil, uma das principais pesquisadoras do tema é a educadora Selma Moura, pedagoga e mestre em Linguagem e Educação. Ela explica que realmente não um consenso no universo acadêmico sobre a idade ideal de início para aprendizado de uma segunda língua. Porém, afirma que geralmente “o medo de expor as crianças pequenas a uma segunda língua geralmente está associado à dificuldade que alguns adultos tiveram em seu próprio percurso de aprendizagem de línguas, não à capacidade da criança de lidar com a complexidade de contextos bilíngues”, cita.
Sabe esse medo que a pesquisadora citou acima? Pois acredite: a própria diretora da Achieve Petrópolis, Fernanda Thudium, passou por isso. Ela conta que não teve um aprendizado natural e prazeroso da língua inglesa na infância, e isso deixou marcas importantes que a acompanham até hoje, na fase adulta.
Mesmo assim, dedicou-se a trabalhar nesta área há quase 13 anos e tem a sua própria escola desde 2017. Sua meta é ajudar outras crianças e adolescentes a não passarem pelo árduo aprendizado que ela própria teve! Aliás, a Fernanda está muito acostumada a conviver com gêmeos: quando tinha 2 anos de idade, nasceram seus irmãos, Daniela e Rodrigo. Foram praticamente criados como “trigêmeos”, já que eram três bebês em casa. E ela lembra o quanto era divertido estudar em grupo e fazer os deveres de casa juntos.
A proposta pedagógica precisa ser um dos grandes diferenciais. Afinal, para crianças pequenas, a brincadeira é a forma de apreender e compreender o mundo. Com crianças maiores, a investigação, o jogo e a interação com seus pares são essenciais, explica Selma. O ensino de qualquer segunda língua deve ser prazeroso e com recursos lúdicos, respeitando a individualidade de cada criança (principalmente dos nossos gêmeos!).
Vanessa Rocha, sócia da Me Two, mãe do Gabriel e da Isabela, 7 anos, alunos da Achieve Petrópolis, em Porto Alegre
“Vejo muita vantagem para os gêmeos estudarem inglês juntos, inclusive na mesma turma. Mesmo que estejam juntos ou separados no colégio. Meus filhos estão em turmas diferentes no ensino regular e sempre cursaram inglês juntos. Sei que gostam muito! Agora no ensino bilíngue seguirá assim. Quando busco no inglês e comentamos sobre a aula, percebo que um ajuda o outro. ‘Como é mesmo aquela palavra, Gabriel?’, pergunta a Isabela. E vice-versa. Observo que um estimula o outro a aprender cada vez mais vocabulário, por exemplo. Também sempre incentivo fazendo brincadeiras com palavras em inglês, uma espécie de ‘competição saudável’ para ambos. Deve ser parecido à situação de ter um irmão de outra idade estudando inglês também, mas como os gêmeos estão no mesmo nível, é muito benéfico.”
Juliana Dal Molin Bringhenti, mãe da Mariana e da Isabela, 9 anos, alunas da Achieve Petrópolis, em Porto Alegre
“Minhas filhas estudam juntas na escola de inglês desde o ano passado e só vejo pontos positivos. Uma não interfere no aprendizado da outra, pelo que percebemos em casa. Elas têm personalidades diferentes, desde a forma de estudar até os interesses. E vemos que, no inglês, uma complementa a outra! Estudam juntas os conteúdos e se ajudam, acho muito bacana. A Achieve Petrópolis é também uma escola que sabe lidar bem com isso. No colégio, até o ano passado estudaram juntas. Agora, para a quarta série, decidimos separar de turma para desenvolverem ainda mais sua individualidade. Mas no ensino bilíngue, com 6h por semana, seguem juntas na turma duas vezes por semana.”
Conteúdo publieditorial produzido pela Me Two em parceria com Achieve Petrópolis, em Porto Alegre.
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