Esteticista e cosmetóloga em Minas Gerais, aos 30 anos, Dany já tinha dois filhos: Gabriel, 5 anos, e Miguel, 1 ano e 5 meses. De repente começou a passar muito mal, se sentia inchada, tinha enxaquecas constantes, sentia o apetite alterado. Foi seu filho mais novo que um dia colocou a mão na barriga da mãe e disse: “Oi, bebezinho!”. Dany fez um teste para confirmar a gravidez e teve resultado positivo.
Ligou para o médico e partiu para exames. Já estava com mais de 3 semanas de gestação. O médico escutou o coraçãozinho e depois foi procurar onde estava o DIU. Não localizou e pediu um ultrassom de emergência, um pelo abdômen e uma ecografia intravaginal.
Foi quando encontraram o DIU acima da placenta. Abaixo estava uma única bolsa e… dois fetos!
“Ele ficou muito surpreso. E muito preocupado! Me explicou que se tirasse o DIU, poderia romper a placenta e causar aborto na hora”. Mais dois médicos foram chamados para avaliar o caso, e ambos foram a favor de não retirar o DIU, apesar dos riscos de levar uma gestação com o dispositivo anticoncepcional no ventre. Para Dany, foi explicado que havia risco de parto prematuro.
“Levei a gestação toda com medo de algo acontecer. As consultas e exames eram frequentes. Se já são frequentes por serem gemelares, no meu caso era bem mais do que o comum. No mínimo de 15 em 15 dias eu estava lá fazendo ultrassonografia para ver se o DIU se mexia”, conta a mãe.
No 6º mês, já não se via mais o DIU.
“Só fiquei tranquila quando entrei na vigésima oitava semana, pois sabia que se as meninas nascessem a partir daquele momento elas sobreviveriam”.
E assim foi: as gêmeas univitelinas Isabella e Marcella nasceram de 35 semanas no final de setembro. O DIU estava atrás da placenta e agora Dany já está em casa com a dupla de meninas e seus outros dois meninos.
Para quem usa DIU e teme engravidar, o médico ginecologista e obstetra Valentino Magno, professor da UFRGS e doutor em Medicina, explica o que acontece em casos raros assim:
“Todo método anticoncepcional tem falhas, mas no DIU a falha é realmente muito pequena, 10 vezes (no mínimo) menor do que a pílula. Realmente é mais raro. E os motivos dessas falhas são: o DIU estar vencido ou mal posicionado. É preciso fazer exames regulares de controle para esta finalidade. E, na eventualidade da mulher engravidar com o DIU, é importante salientar que o recomendado é não tirar o DIU. Existe um risco maior de aborto no início, sim, mas depois do primeiro trimestre em geral o DIU não vai atrapalhar, pois fica fora da bolsa amniótica, o bebê não terá contato.”
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