Gêmeos (s.m.):
[do latim: geminus]
Substantivo: plural.
Singular: não há.
Diz-se de duas quianças que chegaram juntas na festa da vida.
[figurado]
Pessoas que já nasceram um número inteiro, um par.
Indivíduos que praticam as operações da aritmética desde a infância, dividindo o mesmo colo e multiplicando as peças de brinquedos pela sala.
Criaturas com enorme capacidade de brigar e fazer as pazes em fração de segundos e deixar a mãe em maus lençóis.
Aqueles que andam de mãos dadas desde as trompas de falópio.
Pessoas feitas da mesma mistura, mas geralmente com gênios totalmente diferentes, que se completam.
Seres que criam entre si idiomas e esconderijos secretos, numa troca que só pertence a eles.
Aqueles que lembrarão o cheiro do bolo da avó saindo do forno e a algazarra no recreio da escola juntos.
Irmãos que lembrarão a voz suave de sua mãe respondendo a cada passeio que “sim, são gêmeos ” e que “não, não são iguais”, pois cada um carrega consigo um jeito único de olhar, um trejeito só seu.
E que então, crescidos, saberão que são seres únicos, iguais apenas no amor infalível de mãe.
Duplas onde cada um carrega a memória do outro de forma única por toda a vida.
São caixinhas de recordação onde a sua própria essência ficará guardada para sempre noutro coração.
Texto da leitora: Camila Melo (@camila.smelo)
Coautora: Vanessa Rocha (@gemeosmetwo)
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