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Passado o primeiro impacto ao receber a notícia da gestação gemelar, a primeira pergunta que escutamos é: “São univitelinos ou bivitelinos?”

Convidamos o Dr. Gustavo Steibel, Ginecologista Obstetra,  especialista em medicina fetal, para esclarecer essa dúvida que toda gestante gemelar tem.

Segundo Dr. Gustavo, existem dois tipos de gestação gemelar baseada na origem delas, porém muitas nomenclaturas:

tipos gestação gemelar

 

UNIVITELINOS, MONOZIGÓTICOS OU NÃO FRATERNOS:

São os gêmeos idênticos. Sua formação inicia como na gestação única, com apenas um óvulo e um espermatozóide. Porém, em seguida, o ovo se divide, resultando dois novos óvulos geneticamente idênticos. Pode, ainda, se dividir mais de uma vez, originando três ou quatro ovos (trigêmeos ou quadrigêmeos idênticos, sendo esses, raríssimos).

Se esse óvulo se dividir muito cedo os gêmeos serão dicoriônicos (duas placentas) e diaminióticos (dois sacos gestacionais) , ou seja, é possível que gêmeos univitelinos estejam em placentas separadas, diferente do que muita gente imagina!

Se a divisão ocorrer um pouco mais tarde, os gêmeos poderão estar na mesma placenta (monocoriônicos) e em sacos gestacionais distintos (diaminióticos).

 Se ocorrer mais tarde ainda, poderão ficar na mesma placenta e no mesmo saco gestacional (monocoriônicos e monoaminióticos).

E, por fim, se esta divisão ocorrer muito tardiamente, pode resultar em gêmeos siameses (também conhecidos por xipófagos). O que determina essa diferença no número de placentas e de membranas, portanto, é o tempo que demora para ocorrer a divisão. Vale lembrar que os gêmeos univitelinos sempre serão do mesmo sexo, já que compartilham toda a carga genética.

BIVITELINOS, DIZIGÓTICOS OU FRATERNOS:

São considerados bivitelinos os gêmeos que são formados pela fecundação de dois ou mais óvulos por dois ou mais espermatozóides. Estes gêmeos são sempre geneticamente diferentes e cada um deles terá sua placenta e membrana. Equivale a duas gestações que se desenvolvem ao mesmo tempo e no mesmo ambiente.
Conforme o Dr. Gustavo Steibel, “para nós, médicos, o importante é saber a placentação, ou seja, se os gêmeos estão ou não na mesma placenta, pois a conduta do pré natal é diferente, mais rigorosa. As gestações em que os bebês encontram-se em única placenta são sempre de maior risco, e, por isso, devem ter um acompanhamento mais seriado”.

Nós, mães de gêmeos, ouvimos sempre muitas perguntas desde a gravidez, e o Dr. Gustavo vai nos ajudar a responder várias delas. Aguarde o próximo vídeo!!
Assista também:
Vanessa Rocha
Vanessa Rocha
Vanessa Rocha é mãe da Isabela e do Gabriel de 6 anos. Na Me Two, é responsável pela geração de conteúdo. Sempre ligada no que tem de melhor quando o assunto são os gêmeos. Formada em Farmácia, com especialização na área de oncologia, saiu do hospital onde trabalhava para se dedicar à dupla. Aos poucos, retornou para a área e hoje atua eventualmente em algumas clínicas. Sempre criativa nas brincadeiras com seus filhos e segura quando o assunto é cuidar dos gêmeos, traz ideias e inspira muitas mães.

1 Comment

  1. Ana Paula Nobre disse:

    Tive gêmeos bivitelino sendo que foi uma placenta e a médica deixou eu chegar as 40 semanas e quase que perco um muito triste com o acompanhamento médico.

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