Por Tatiana Lemos
Uma gestação múltipla exige cuidados diferenciados com relação à nutrição da mãe e dos bebês. Segundo a nutricionista Julia Melnick, co-idealizadora do portal Sisters Mommies, mãe de uma menina de cinco anos e de um casal de gêmeos de dois anos e quatro meses, o ganho de peso é uma das dúvidas recorrentes das gestantes.
Ela explica que a meta deve ser nutrir a mãe e os bebês, aumentando o peso da gestação sem que o crescimento da gordura no corpo ultrapasse 1kg ou 2 kg a mais no total. Ou seja, o peso da gestação é basicamente o aumento das mamas, do útero, do volume sanguíneo no corpo da mãe (que cresce 60%) e o peso dos nenês.
Se faltar ferro ou cálcio na nutrição dos bebês no útero, por exemplo, esses nutrientes serão “roubados” do sangue ou dos ossos da mãe, ocasionando anemia e osteoporose, segundo a nutricionista.
Julia também alerta para que cada caso seja avaliado individualmente por um nutricionista. “A coisa mais perigosa que se pode fazer é copiar o plano alimentar de outra grávida, mesmo que seja uma grávida de gêmeos”, diz.
Sobre o ganho de peso, o cálculo deve ser baseado na situação da gestante antes da gravidez e nas necessidades dos bebês. De uma maneira geral, se a mulher engravidou com peso saudável, de acordo com o IMC (Índice de Massa Corporal), ela deve ganhar de 18k a 24 kg no total, durante a gestação.
Da mesma forma, quem estava abaixo do peso pode ganhar mais do que 24 kg durante uma gravidez gemelar e, no caso de pessoas obesas, o recomendado é engordar menos de 18 kg. E não é somente uma questão estética: sobrepeso na gestação aumenta o risco de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, entre outros males.
Confira o vídeo abaixo da nutricionista Julia Melnick sobre nutrição na gestação gemelar, e acompanhe os próximos “Conversa com Especialista”, que irão abordar a nutrição na amamentação e a introdução alimentar de gêmeos.