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Você já deve ter ouvido alguma história curiosa envolvendo irmãos gêmeos. Seja ela sobre a roupa combinando, alguma brincadeira com a mãe ou uma confusão por causa da semelhança com o irmão ou irmã. Pensando nisso, resolvemos conversar com os gêmeos e suas famílias para revelar algumas destas curiosidades.

Luis Gustavo e Carlos Eduardo, os gêmeos idênticos:

Luis Gustavo, Iaiá e Carlos Eduardo. Foto: Fernanda Schostack

Luis Gustavo e Carlos Eduardo Van Ondheusden são idênticos. As poucas diferenças caem por terra se você não tem muito contato com os dois. A risada é parecida, o humor e o gosto por futebol. Por isso, corriqueiras são as confusões provocadas pelas semelhanças. Uma delas, como lembra Luis Gustavo, aconteceu durante a época da faculdade. “Certa vez uma professora dele me viu passar pela porta de sala de aula dela, e não hesitou: foi atrás de mim e me cobrou a entrega de um trabalho. Sem saber que ele tinha um irmão, não acreditou quando eu disse que era irmão gêmeo dele, e ela só se deu por satisfeita quando mostrei minha carteira de identidade para ela. Foi um verdadeiro sufoco“, recorda.

Mas é claro que há uma pessoa nessa história toda que nunca passou por tal aperto. A mãe Maristela Schuwartsman, ou simplesmente Iaiá, nunca se atrapalhou em identificar os irmãos. “(Ela) Incrivelmente sempre soube. Na verdade nós somos gêmeos, mas para quem convivia todos os dias havia pequenos detalhes que nos diferenciavam, como um ser mais gordinho ou mais baixinho, ou então um estar sempre com o nariz avermelhado devido à rinite“, revela Gustavo.

É claro que nem sempre é a confusão que reina nas relações dos gêmeos. Segundo Gustavo, também é possível aproveitar o fato para fazer novas amizades. “O mais legal talvez seja conhecer pessoas ou ter oportunidades simplesmente pelo fato de ter alguém quase igual a ti. Conversar com alguém simplesmente por ter alguém parecido contigo é uma oportunidade que talvez não se tenha criado quando não há algum assunto a se puxar. Acaba sendo um gancho para alguma oportunidade“, conta. Por outro lado, conta que hoje toma algumas precauções para evitar constrangimentos futuros: “muitas vezes quando começo um projeto, vou a algum lugar, conheço pessoas novas, trato logo de falar: ‘Se tu me vir na rua e eu não te cumprimentar, é porque não sou eu. Eu tenho um irmão gêmeo’“.

Márcia e Mariana Dihl, “vocês são gêmeas?”

Mari e Márcia

É claro que temos o outro lado dessa moeda. Se você está lendo e tem um irmão, irmã ou filhos gêmeos e que não são nada parecidos, sabe o que estamos falando. É o caso das irmãs Márcia e Mari. “Depois que crescemos eu e a Mari nunca fomos parecidas, então, nunca pude me passar por ela, infelizmente, teria sido uma ótima aluna se ela pudesse ter feito algumas provas de matemática para mim“, explica Márcia. Mas é claro que as confusões e as histórias engraçadas acontecem por uma razão ou por outra: “um dia aconteceu que eu estava na praia e mexi com alguns meninos que passavam do outro lado da rua, achando que eram meus amigos, eu era míope. Só que os guris foram falar comigo e eu percebi que não eram meus amigos, pedi desculpas e tal, mas um deles provavelmente pensou que eu estava querendo papo. Foi lá me incomodar, eu disse que tinha que subir para meu apartamento e já fui me despedindo quando ele me perguntou o meu nome. Eu, apressadamente, respondi ‘Mariana’. Passaram-se uns dois dias, eu estava na Gelf’s (point de encontro da praia com vários amigos) e minha mãe aparece com um cara. Chama a minha irmã e eu já começo a rir pensando ‘lá vem a mãe com o filho de uma amiga para querer enturmar’. Minha irmã chega na frente da nossa mãe e a mãe diz, ‘olha, ele bateu lá em casa, perguntou por ti’. A Mariana, com uma cara de quem não entendeu nada, respondeu ‘me apresenta’. E eu seguia rindo porque nem reconheci o guri. Até que ele me olhou e falou para todo mundo ‘mas a que eu conheci aquele dia foi aquela lá’. Foi muito constrangedor. Nunca tinha me passado pela minha irmã, até porque não dava, somos muito diferentes e no dia que fiz uma brincadeira, tudo isso aconteceu“.

O que mais acontece, segunda Márcia, são desconfianças quanto ao fato delas serem gêmeas. De tão acostumadas a ouvirem coisas como “mas tu é loira, ela é morena“, por exemplo, chega a ser surpreendente quando as pessoas se dão conta do fato. “Uma única vez, a gente lembra bem, estávamos numa loja no RJ, nem tínhamos falado ainda e a vendedora perguntou se éramos gêmeas, gente! Aquilo foi um acontecimento para nós. Até hoje me pergunto como a mulher descobriu“, lembra.

Márcia e Mari tiveram os filhos na mesma época. Foto: Nataly Motta

O mais especial dessa relação, no caso das duas irmãs, foi a dupla gravidez. Nenhuma delas teve filhos gêmeos, mas a gestação veio ao mesmo tempo para as duas. “É ter ao teu lado alguém com a mesma idade vivendo todos os dramas e delícias da vida. Desde a infância, poder brincar toda hora, sempre, em qualquer lugar, até dividir as angústias e aventuras de toda adolescência e até mesmo na vida adulta. No nosso caso, de forma especial, a maternidade que dividimos juntas já que engravidamos ao mesmo tempo. Ter a minha irmã gêmea comigo tornou tudo na minha vida muito mais especial“, destaca Márcia.

E quais as impressões das mães e da família sobre estas curiosidades? Aguarde…

Texto:
Rafa Leite
Cofundador da Vrana
e conector de pessoas por propósito

Thaís Reali
Thaís Reali
Thaís Reali é mãe do Nicholas e do Thomas de 4 anos. Thaís é a idealizadora da Me Two.  instiga a todos da equipe e fomenta parcerias estratégicas. Formada em administração, diretora de conexões da Reali Hub for Innovation. Sempre conectando pessoas, reuniu amigas, também mães de gêmeos, e formou um grupo no Whatsapp que hoje conta com mais de 130 pessoas. Com alto astral e inquietação, Thaís é admirada pela arte de ser mãe, trabalhar e transmitir alegria por onde passa.

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