Entrevistamos novamente o dr. Gerd Schrenn, médico especialista no tratamento de assimetrias cranianas posicionais, da clínica Heads (com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília), que explicou para a Me Two o que são essas assimetrias craniana posicionais e seus tratamentos. Cerca de 12% dos bebês têm assimetria craniana no mundo, segundo dados dos EUA, mas em gêmeos a incidência é mais alta por dois fatores, segundo o especialista explicou em nossa primeira entrevista.
O primeiro motivo é congênito, pré-nascimento: há menos espaço no ventre para dois (talvez três) bebês. E o segundo fator é comportamental, após o nascimento: os pais não conseguem dividir sua atenção e colo como se fosse um bebê só, então os gêmeos ficam mais tempo com a cabeça apoiada (deitados no berço ou sentados em cadeirinhas) e podem desenvolver uma deformidade, principalmente nos primeiro meses de vida, que é quando devemos estar muito mais atentos à questão.
— A cabeça dos bebês cresce muito rápido nos dois primeiros anos de vida. Com dois anos de idade, a criança já tem o crânio 90% do tamanho que será vida adulta. E com 3 ou 4 meses já para perceber algo diferente — afirma dr Gerd, pai de Deborah e Christine, especializado no assunto desde que uma das filhas quando bebê apresentou a plagiocefalia e não havia tratamento no Brasil.
O “capacetinho”, então, irá fazer fazer um reposicionamento, um conjunto de manobras que visa apoiar a cabeça do bebê mais na região que está proeminente e evitar o apoio onde a cabeça está achatada. Ele será usado o dia inteiro, retirado apenas para o momento do banho dos bebês, e mostra melhora rápida conforme a gravidade de cada caso e a idade dos pequenos pacientinhos.
Assimetria craniana é uma deformação no crânio que pode assumir basicamente dois tipos: a “cabeça oblíqua”, quando a parte de trás do crânio apresenta um lado achatado e o outro proeminente (com frequente desalinhamento das orelhas, da testa e do rosto), e “cabeça curta”, que se refere ao achatamento de toda a área posterior da cabeça, com alargamento da região e elevação do “cocuruto”. Procure seu pediatra o quanto antes para perguntar sobre estas questões se você observar estas assimetrias em seu bebê.
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