Dia do Atleta: três duplas de gêmeas que arrasam nos esportes

Dia do Atleta: três duplas de irmãs gêmeas univitelinas que arrasam nos esportes

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Bia e Branca, ex-atletas do nado sincronizado

Muitos atletas se destacam por suas carreiras solo, outros brilham nos esportes em dupla ou em equipes. E nestes casos, a conexão dos irmãos gêmeos se destaca e chama a atenção de todos.

Neste 21 de dezembro em que se comemora o DIA DO ATLETA, a Me Two entrevistou três duplas de irmãs univitelinas que praticam os mesmos esportes desde pequenas e amam competir juntas.

No Brasil, elas são conhecidas como “gêmeas do nado sincronizado”, “gêmeas do vôlei” e “gêmeas do polo aquático”. Aqui, confira o papo com Bia & Branca, Monique & Michele e Amanda & Tess.

BIA E BRANCA Feres, nado sincronizado

Tudo começou quando elas começaram a fazer as mesmas atividades esportivas na infância. Com 3 anos de idade, já estavam na natação e na ginástica juntas. Eram apaixonadas pela Pequena Sereia e passaram a pedir aos pais – “implorar”, diz Bia – para entrarem no nado sincronizado. O desejo foi atendido quando elas fizeram 7 anos. Desde então, Bia e Branca começaram a se destacar.

O fato de serem gêmeas idênticas no esporte causou alguns tipos de situações que Bia e Branca se divertem ao contar. Como ao se apresentarem para provas individuais, alguém chamar uma delas e dizer: “Hey, você não de novo, já foi a sua vez!”. E aí precisavam explicar que, na verdade, era a outra irmã que já tinha feito a prova.

 

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Conquistas em dupla na água

As gêmeas do nado sincronizado conquistaram o segundo lugar no Pan-Americano Júnior de Orlando (2005), ganharam bronze por equipes nos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio, bronze em dois abertos de nado sincronizado, e ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2010 e competiram nos Jogos Olímpicos de 2016, ficando em 6º lugar. Hoje aos 30 anos, como ex-atletas, estão focadas na carreira artística.

– A melhor parte de ter minha irmã comigo na carreira é que ela me dá suporte, me corrige, me dá um puxão de orelha extra (risos). É muito melhor compartilhar esta alegria e felicidade com ela, é tudo multiplicado. Ela é meu maior incentivo e vice-versa – contou Bia à Me Two.

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Monique e Michelle pela seleção brasileira de vôlei

MONIQUE E MICHELLE Pavão, vôlei

Elas sempre fizeram tudo junto: começaram na natação do Fluminense, fizeram por 10 anos e cansaram. A irmã mais velha de Monique e Michelle Pavão estava na escolinha de vôlei do clube, de modo que as gêmeas sempre davam uma passadinha nos treinos. Um dia a professora chamou a dupla para uma aula e… Depois disso, nunca mais fizeram outra coisa!

– A melhor parte de ter minha irmã gêmea na mesma carreira esportiva é que ela entende exatamente como eu me sinto. Nós conversamos muito sobre o assunto e isso facilita na hora de ter que resolver algum problema, pois as duas estão fazendo a mesma coisa. A opinião dela me ajuda muito dentro e fora das quadras – contou Monique.

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Monique e Michelle na adolescência

Carreira primeiro juntas, agora separadas

Monique e Michelle atuaram juntas no Macaé e no Rio de Janeiro entre os anos de 2004 e 2010. Em 2011, Monique foi para o Praia Clube-MG e Michelle para o Sesi-SP. Após um ano na equipe paulista, a ponteira juntou-se à irmã na equipe de Uberlândia em 2012. As duas atuaram juntas até 2014, depois cada uma foi contratada por times de cidades diferentes. Algumas vezes já chegaram a disputar partidas uma contra a outra! Atualmente, aos 32 anos, Monique joga no Sesc RJ, e Michelle mora em Uberlândia, jogando no Praia Clube.

– Somos muito grudadas e falamos todos os dias no telefone, Facetime, contamos tudo da nossa vida! Não sei ficar um dia sem falar com ela, me sinto estranha e quando isso acontece, parece que falta alguma coisa.

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Uma irmã jogando contra a outra!

Trollando o técnico Bernardinho

Elas jogaram juntas por três anos no Rio, no time comandado por Bernardinho. E mesmo ao longo de todo esse tempo, o técnico não aprendeu a diferenciar as duas! A forma de identificação era nos detalhes: elas usavam tênis de cores diferentes e penteados também (ou coque ou trança). Mesmo assim, ele volta e meia se confundia. Certa vez, um membro da comissão técnica propôs uma pegadinha: elas passariam o dia com tudo invertido, os tênis e os acessórios. Adivinha o que aconteceu? Bernardinho não desconfiou de nada.

Quando revelaram o trote, todo mundo caiu na gargalhada. E estas confusões também aconteciam na categoria de base do Fluminense. Monique e Michelle estavam no mesmo time que as univitelinas Mariana e Fernanda. As 4 eram titulares! – Você olhava e era aquele monte de jogadora igual – conta Monique, rindo muito. – Os juízes sempre apontavam algum erro de rodízio, confundiam nosso número da camisa, os técnicos também confundiam na hora de dar esporro (risos). Era para uma e outra que acabava ouvindo!

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As irmãs Amanda e Tess

AMANDA e TESS Oliveira, polo aquático

Elas sempre praticaram esportes juntas. Começaram com a natação competitiva e depois foram para o polo aquático com 13 anos. Já no primeiro dia de prática, Tess começou no gol e Amanda foi jogar na linha. As irmãs consideram ótima esta diferença de função, pois nunca tiveram que competir uma com a outra para conseguir vaga no time.

– Acho que por isso nosso companheirismo no esporte foi ainda maior, com uma sempre incentivando a outra – conta Amanda na entrevista. – Quando tinham dias difíceis, minha irmã sempre estava lá para dar uma força e vice versa.

Por Tess ser goleira, ela sempre dava dicas da perspectiva dela para Amanda, ajudando a melhorar seus chutes ao gol e a parte defensiva.

– Nossa confiança uma na outra como jogadoras era muito grande – conta Amanda.

Atualmente, com 31 anos, moram em São Paulo e já se aposentaram depois das Olimpíadas, que participaram em 2016 na estreia do polo feminino. Depois do Pan-Americano de Guadalajara, em 2011, Tess e Amanda haviam dado uma pausa na carreira de atleta e estavam no ramo do marketing esportivo. Nos jogos Pan-Americanos de 2003, elas ganharam a medalha de bronze.

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Camila Saccomori
Camila Saccomori
Jornalista de Porto Alegre e mãe da Pietra, nascida em 2011. Desde a gravidez, passou a produzir conteúdos femininos e voltados a famílias em vídeo, foto e texto. Trabalhou por 20 anos no Grupo RBS e hoje faz conteúdos para a Me Two e projetos de maternidade pelo seu novo "filho", o canal @VamosCriar.

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